2 de Março de 1942.
27 de Outubro de 2013.
Uma ou duas horas antes de morrer, o roqueiro que fez parte dos Velvet Underground estava a fazer os seus exercícios habituais de tai-chi, lutando por se agarrar ao transplante de fígado feito em Maio. Perdeu a luta. Ficaram as palavras.

in prefácio de Luís Maio para "Luzes da Cidade", livro que reúne as letras/poemas de Lou Reed até 1986, editado pela Assírio e Alvim.
Esta semana trago-lhe os poemas. In memoriam. Começo por "Sunday Morning". Afinal, morreu a um domingo.
AA
Sunday Morning / Domingo de manhã
A manhã de domingo, ao nascer do dia
é um sentimento de inquietude que passa a meu lado
Ao amanhecer, a manhã de domingo
são os anos que se perderam ainda tão próximos
Criança selvagem tens o mundo no teu encalço
por perto há sempre alguém que vai dizer
não é nada
Manhã de domingo e estou a cair
tenho a sensação que prefiro não saber
Ao amanhecer, a manhã de domingo
está nas ruas que percorreste ainda há pouco
Criança selvagem tens o mundo no teu encalço
por perto há sempre alguém que vai dizer
não é nada
Criança selvagem tens o mundo no teu encalço
por perto há sempre alguém que vai dizer
não é nada
Manhã de domingo, domingo de manhã
domingo de manhã, domingo de manhã
***
Sunday morning, praise the dawning
It's just a restless feeling by my side
Early dawning, sunday morning
It's just the wasted years so close behind
Watch out, the world's behind you
There's always someone around you who will call
It's nothing at all
Sunday morning and I'm falling
I've got a feeling I don't want to know
Early dawning, sunday morning
It's all the streets you crossed, not so long ago
Watch out, the world's behind you
There's always someone around you who will call
It's nothing at all
Watch out, the world's behind you
There's always someone around you who will call
It's nothing at all
Sunday morning
Sunday morning
Sunday morning
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