sábado, 12 de outubro de 2013

Cronicando pela Ásia... Objectivo Laos

Chiang Kong, fronteira entre a Tailândia e Laos - vista para o Rio Mekong
04 de Maio 2009

Acertei preços com uma Mini Van e parti rumo à fronteira. O objectivo era chegar ao Laos, fosse de que jeito fosse. O problema é que o Laos não é um país qualquer - tem apenas uma estrada "alcatroada" a atravessá-lo, não tem comboios, só tem um hospital na capital e muitas surpresas que vou descobrir mais à frente...

Perante este cenário, acabei por entrar no país de barco. Sem saber muito bem o que me esperava, descontraído em mais uma aventura. Não havia tempo para exigências de última hora e o tempo estava a contar.

Antes de chegar à pequena aldeia fronteiriça parei no meio do nada. Para meu grande espanto, o cenário era o seguinte: uma casa de campo, umas quantas crianças, alguns animais de quinta. O que seria aquilo? Se a sua resposta foi «o sítio onde se tratava do visto», então acertou!


Tive de dar 35 dólares por fotografias e pelo visto. O bilhete do barco ficou também assegurado para os dois dias de viagem. E tudo isto numa base de confiança, que eu suspeitei... mas que tive de aceitar. Não ia voltar para trás!

Estacionado em Chiang Kong, tive problemas em levantar dinheiro. Os cartões não funcionavam. Isto quer basicamente dizer que tinha uns 8 euros para dois dias de barco. Precisava de dormir na paragem do primeiro dia e, como é óbvio, comer.

Relaxei o que pude. Estava ainda no paraíso e aqui tudo se resolve por milagre. Naquele lugar inóspito, fui jantar a um bar que tinha alguns cachecóis de clubes ingleses e bandeiras de países espalhadas. O tecto carregado de andorinhas a construir o ninho, a pairar sob as nossas cabeças.


Dois americanos ainda arranjaram polémica ao jantar, pois queriam um menu à parte (e não o que estava estabelecido com a agência de viagens). Fugi dali com uma cerveja e fui para perto do quarto. Chegou a altura de arrancar conversa a alguns viajantes. Ninguém sabe muito bem o que esperar deste barco e desta viagem de dois dias até Luang Prabang. E isso, curiosamente, relaxa-me. Não sou o único!

O sono, por fim, venceu. Amanhã as surpresas continuarão...

Rodrigo Ferrão

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