domingo, 1 de setembro de 2013

Madrugadas em cinzas por Pedro Ferreira



Renascido em cada madrugada, acordo sob o manto quente das palavras que me acolhem, que me escolhem para as escrever. De caneta, armada na mão, solta que dança pelo espaço em branco de uma virgem, também renascida a cada madrugada. Neste lugar escrevo palavras que brotam de dentro de mim que não tenho a certeza de estar acordado. Não sinto o corpo dorido das noites passadas em branco, não sinto a cabeça pesada pelas ideias que não param de pulsar. Vou olhando pela janela à espera do nascer do sol. Para que tudo se transforme e se torne em esquecimento na esperança que o novo dia traga o abandono do corpo e este repouse nos sons de uma cidade quase abandonada.

Foto e Texto: Pedro Ferreira

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