- Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, batuque na cozinha sinhá não qué, batuque na cozinha sempre dá alteração.
- Mas se o balaio insiste em ritmar gostoso…
- Melhor não bulir nisso não.
- Tá com ciúme, é?
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Batuque na cozinha
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei o pé
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei o pé
Não moro em casa de cômodo
Não é por ter medo não
Na cozinha muita gente sempre dá alteração
Não é por ter medo não
Na cozinha muita gente sempre dá alteração
Batuque na cozinha
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei o pé
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei o pé
Então não bula na cumbuca
Não me espante o rato
Se o branco tem ciúme
Que dirá o mulato
Não me espante o rato
Se o branco tem ciúme
Que dirá o mulato
Eu fui na cozinha
Pra ver uma cebola
E o branco com ciúme
De uma tal crioula
Pra ver uma cebola
E o branco com ciúme
De uma tal crioula
Deixei a cebola, peguei na batata
E o branco com ciúme de uma tal mulata
Peguei o balaio pra medir a farinha
E o branco com ciúme de uma tal branquinha
E o branco com ciúme de uma tal mulata
Peguei o balaio pra medir a farinha
E o branco com ciúme de uma tal branquinha
Então não bula na cumbuca
Não me espante o rato
Se o branco tem ciúme
Que dirá o mulato
Não me espante o rato
Se o branco tem ciúme
Que dirá o mulato
Mas o batuque na cozinha
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei o pé
Sinhá não quer
Por causa do batuque
Eu queimei o pé
Eu fui na cozinha pra tomar o café
E o malandro tá de olho na minha mulher
Mas, comigo eu apelei pra desarmonia
E fomos direto pra delegacia
Seu comissário foi dizendo com altivez
É da casa de cômodos da tal Inês
Revistem os dois, botem no xadrez
Malandro comigo não tem vez
E o malandro tá de olho na minha mulher
Mas, comigo eu apelei pra desarmonia
E fomos direto pra delegacia
Seu comissário foi dizendo com altivez
É da casa de cômodos da tal Inês
Revistem os dois, botem no xadrez
Malandro comigo não tem vez
Batuque na cozinha …
Mas seu comissário
Eu estou com razão
Eu não moro na casa de arrumação
Eu fui apanhar meu violão
Que estava empenhado com Salomão
Eu pago a fiança com satisfação
Mas não me bota no xadrez
Com esse malandrão
Que faltou com respeito a um cidadão
Que é Paraíba do Norte, Maranhão
Eu estou com razão
Eu não moro na casa de arrumação
Eu fui apanhar meu violão
Que estava empenhado com Salomão
Eu pago a fiança com satisfação
Mas não me bota no xadrez
Com esse malandrão
Que faltou com respeito a um cidadão
Que é Paraíba do Norte, Maranhão
Batuque na cozinha …
João da Baiana nasceu em 1887 no Rio de Janeiro onde viveu até 1974 – quando virou pó de estrelas. Cresceu em rodas de candomblé e samba, de onde vem sua aptidão natural para o ritmo. João é tido como introdutor do pandeiro no samba, viajou fazendo música com Pixinguinha, gravou com Clementina de Jesus e participou de gravação de Native Brazilian Music organizada por Heitor Villa-Lobos.
Penélope Martins
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