Banguecoque »» Chiang Mai
02 de Maio 2009
Já era de manhã quando cheguei a
Banguecoque. E foi uma roda viva para chegar à estação e arranjar um bilhete de comboio para
Chiang Mai - próximo destino, no norte do país.
Não cheguei tão cedo quanto queria - "bilhete esgotado", disse o homem. Não esmoreci e depressa arranjei uma segunda via. Lá ia uma vez mais de camioneta. E, de repente, dava por mim a pensar nas doze horas que levei de
Pukhet a
Banguecoque e nas outras doze que me esperavam até
Chiang Mai. Cruzar o país demora um dia... mas só se formos em bons transportes.
O relógio avançava, não podia desperdiçar um segundo. Qualquer desvio podia custar o plano de viagem... A estação tinha imensa gente sentada no chão. E vindo lá do fundo, um apito ruidoso! Eram oito horas: tudo de pé para cantar o hino.
O hino nacional toca e as pessoas levam a mão ao coração. Os estrangeiros respeitam o momento, perante a figura do Rei - que está em todo o lado. Concorre com Buda nas adorações do país. Geralmente estão lado a lado.
Parti. Mochila às costas, minha imagem de marca. E a viagem foi logo invadida pelo gelo da camioneta. O fascínio pelo frio que os Tailandeses têm, não impediu que contemplasse belas paisagens, me espantasse novamente com as paragens no meio do nada para deixar pessoas ou simplesmente recolhê-las. As hospedeiras serviram bebidas a todos. O sono resolveu aparecer...
Chegado a
Chiang Mai, dei conta que uns alemães tinham sido roubados. As suas malas no porão estavam mais leves... Ficaram sem cartões de memória das máquinas fotográficas e uma máquina de barbear. Pouca sorte, pensei para mim. O meu dinheiro e documentos seguiam numa bolsa que levava à cintura. Na mochila deixava apenas as roupas e os meus livros. Ninguém lhes tocou.
Fui dar uma volta completa à cidade. E que volta! Foi mais de uma hora de passeio, contemplando a muralha que a cerca. Jantei num restaurante italiano e depois passei numa farmácia - estava com uma alergia nas pernas. Mais tarde percebi que tinha origem no creme hidratante que usei para curar o escaldão das
Phi-Phi. Nada como arranjar um amigo farmacêutico nesta zona... A alergia passou em pouco tempo.
Rodrigo Ferrão
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