Quanto ao filme, surgiu em 1964, pela mão dos estúdios Disney, depois de Walt himself ter levado duas décadas a tentar convencer Pamela a permitir a adaptação. Que não a deixou satisfeita, diga-se de passagem. Acima de tudo porque, na verdade, a ama Poppins interpretada por Julie Andrews é no filme bem mais doce, boazinha, mágica e divertida do que no livro, em que surge rude e azeda.
E porque vem isso a propósito agora? Porque a jornalista australiana Valerie Lawson escreveu "Mary Poppins She Wrote", livro em que conta a história da vida da escritora, principalmente essa parte relacionada com o livro e o filme - e os estúdios Disney acabam de fazer dele uma versão cinematográfica para estrear em Dezembro próximo. Ao que consta, bem mais honesta do que a que fizeram de "Mary Poppins". E contando com Emma Thompson e Tom Hanks nos principais papéis.
O filme promete, dizem os críticos. "Saving Mr. Banks", assim se chama, junta a teimosia de Pamela Lyndon Travers, que só cedeu à adaptação do livro quando este começou a vender menos e o dinheiro começou a faltar, ao entusiasmo perseverante de Walt Disney, que queria satisfazer um desejo da filha, que adorava ver em filme um dos seus livros preferidos. Eu vou metê-lo na agenda de Natal.
Ah, pois. E o livro? Quem quiser lê-lo tem que o mandar vir em inglês. Em Portugal, depois da aposta que foi recuperar Enid Blyton, ninguém se lembrou - que eu saiba, avisem-me se estiver errada - de fazer uma edição em português. Talvez surja lá mais para o Natal, pois.
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