Da antologia dos Palop - Poética - II volume, - editada em 2013, saem estes versos. Termina a participação da Maria Isabel. Desde já, o meu obrigado.
Kuanza
A terra sulcada de canaviais esconde um
rio serpente ao entardecer.
Na água mansa os abismos têm uma cor indefinida.
Há opalas e granadas reflectidas em espelhos invisíveis sobrepostos.
Ao longe, uma piroga e um homem pescador, silhuetas de ébano
recortadas contra o céu azul-vitral-cobalto.
Nas margens canta o vento nas ramadas.
O coaxar dos sapos faz pulsar o coração da lua.
Lilases
Na curva do caminho há um carvalho enorme que sonha
com um campo de pampilhos...O entardecer é um pedaço de rubi
que se abraça às sombras que dançam na serra por entre as árvores.
O que se vê para além da serra?
Lilases...porque lilás é a cor de tudo o que o silêncio guarda.
*Maria Isabel Matos Pereira
Convidada do Clube de Leitores.
Convidada do Clube de Leitores.
Parabéns amiga amada, poesia sempre.
ResponderEliminar