São folhas
é febre
e são as casa
É toda uma infância agasalhada
os meandros da água
estagnada
em lentos tanques onde peixes nadam
São as fibras do vento
As fendas da muralha
São os goivos - as estátuas
dos jardins
São meigos portões
de ferro em brasa
é aquilo que passa
e não se quis
São as copas das espadas
que se agarram
a beber pela cal o sangue aberto
não negues o que é teu
e os outros não sabem
nem descubras o sexo
no começo das lágrimas
Oh, que fazes?
que fendas!
E que fundas as fráguas
as tréguas
as trevas
que se abrem e rasgam
*Maria Teresa Horta
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