sábado, 15 de junho de 2013

Cronicando pela Ásia...Pukhet

Pukhet, 
28 de Abril 2009

O dia acordou e foi o adeus definitivo às ilhas Phi-Phi. Antes de partir, fui comprar os bilhetes de barco. Passei a manhã na praia e ainda almocei por lá. Agora sim, estava de partida. Passei em revista aqueles dias de descanso e contemplação. Foram a perfeita pausa numa viagem onde não tinha ainda parado.

O destino estava traçado - ia agora para um dos sítios mais turísticos da Tailândia. O objectivo passava por encontrar um bungalow na praia e relaxar uns três dias. Mas foi impossível...

As pessoas diziam - "não há bungalows na ilha!". Nem de um lado nem do outro. Zarpei para um posto com internet, pesquisei por todo o lado e... nada. Havia alguns, sim... mas muito longe dali. A alternativa era ir para bungalows em resorts exclusivos e caros. 

Saí de Pukhet Town e segui em direcção a Patong Beach. Apanhei um Tuk-tuk e fiz uns quilómetros até à costa. O dia não estava famoso e o sol escondia-se entre nuvens. Calor sempre, humidade a mil... mas ameaçava chuva.

Patong parecia a praia da Oura em Albufeira (versão Thai). Uma rua repleta de bares, prostitutas a dançar em cima de balcões, muito barulho e, claro está, ingleses. Um pensamento imediato: por onde andam os ingleses a noite é sempre igual. Em Portugal, na Tailândia... apenas mudam as caras.


A frustração foi grande. Não queria estar num sítio igual a tantos outros no mundo. Fui pousar as malas ao quarto. Tinha televisão, uma cama formidável e água quente. Acabou por ser o que mais gostei de Pukhet!

E foi ali que se fez história nesta viagem pela Ásia: tomei o primeiro banho quente. Mas não só, também peguei na lâmina e fiz a barba. Havia quinze dias que não fazia. Ganhei um aspecto civilizado. Para trás ficava um primo do Indiana Jones... 

A noite chegou e com ela uma visita à loucura. O restaurante era de peixe e marisco, um sítio barato. O marisco daquelas águas não tem grande sabor. Já sabia que o das águas frias tem mais sabor, mas não imaginava tamanha diferença. 

Foi no restaurante que ouvi falar pela primeira vez da gripe A. A televisão passava imagens bem dali perto. Em Hong Kong as pessoas já andavam de máscara e luvas. Estava a leste daquilo tudo. Como não sabia que pandemia era esta e não entendo Thai, pareceu-me prudente deixar de comer porco. 


Dei uma volta pela rua principal e entrei em alguns bares. Não era muito a minha onda, estava à espera de algo mais relaxado. Acabei por pousar no bar da praia. Estive por lá um pouco e depois recolhi ao quarto.

A última imagem que tenho é de adormecer com o jogo de futebol entre o Barcelona e o Chelsea. Ficou zero-zero na primeira mão. A segunda veria mais tarde, no Laos...

Rodrigo Ferrão

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