Sempre gostei de acabar as coisas. Tapa-orelhas, inverno, primavera,
verão, outono. A vida de trabalho do Epsilon. Conforma-te. E esta impaciência
teve consequências quando, uma vez, o Epsilon me deu uma orquídea no meu
aniversário. Uma orquídea não era o que eu mais queria; nunca percebi qual o
interesse flores, pois vão todas acabar por murchar. O que mais queria era que
o Epsilon se reformasse. “Mas preciso de um refúgio da...”, e ele parecia
prestes a dizer “companhia a dois”, mas então disse “nudez”. “Estás a falar de
mim?”, perguntei. “Não vou mencionar nomes”, disse ele.
* Tradução de João Reis
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