quinta-feira, 13 de junho de 2013

1º Parágrafo: Quanto mais depressa ando, mais pequena sou


Sempre gostei de acabar as coisas. Tapa-orelhas, inverno, primavera, verão, outono. A vida de trabalho do Epsilon. Conforma-te. E esta impaciência teve consequências quando, uma vez, o Epsilon me deu uma orquídea no meu aniversário. Uma orquídea não era o que eu mais queria; nunca percebi qual o interesse flores, pois vão todas acabar por murchar. O que mais queria era que o Epsilon se reformasse. “Mas preciso de um refúgio da...”, e ele parecia prestes a dizer “companhia a dois”, mas então disse “nudez”. “Estás a falar de mim?”, perguntei. “Não vou mencionar nomes”, disse ele.


* Tradução de João Reis

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