A serpente negra. Sentes-te atraída! Encontras-te por trás da casa alta,
de telhado de madeira cor de estanho e encaminhas-te para o pântano que, lá em
baixo, brilha ao calor e desliza em direcção ao rio Cassadaga. É a primeira
manhã que passas em Ransomville; saltas da cama dura e que te é estranha,
vestes-te rapidamente e sais de casa para ver o rio de perto. Como a querer
avisar-te, o sol dá-te, ao de leve, uma palmada na testa; já está calor e ainda
nem oito horas são. Corre, corre! Os pés atolam-se no terreno empapado. Por
todo o lado, a gritaria agressiva e agitada de aves, rãs e cigarras. No sopé da
colina, alguém colocou umas tábuas à entrada do pântano: fica-se na dúvida se
será seguro caminhar sobre elas, de tão podres que estão.
* Tradução de
Carvalho Oliveira
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