26 de Abril 2009
Pelo caminho, um da tripulação pega no microfone e anuncia: If you want to take a picture, you can. Traduzindo à letra: "se quiserem tirar uma foto, podem". Os tailandeses falam um inglês muito rudimentar, apesar de se safarem com o mínimo.
A certa altura surge a pergunta - Do you have anything more than chips? - a resposta do rapaz era invariavelmente - Chips! Yes, chips - e apontava para as batatas fritas. Foram precisos alguns gestos e lá se conseguiu. O miúdo passou logo a ser conhecido como o Chips Boy. E sorria sempre que passava pelos estrangeiros, dizendo alto: Chips, chips, chips!!!
Deixem-me fazer aqui um parêntesis: o povo tailandês sabe receber muito bem, apesar de termos que nos socorrer da imaginação e gestos para nos fazermos entender. Compensam com um bom serviço: nesta viagem deram-nos almoço, várias bebidas (para nos irmos refrescando) e um lanche. Ali só se pagavam mesmo as batatas fritas e a cerveja.
A ilha dos bambus era uma língua de areia paradisíaca. O mar cristalino voltava a pôr à vista as dezenas de milhar de peixes de todas as cores. Os mais "simpáticos", por assim dizer, eram os das riscas verdes. Vinham comer pão à mão e rodopiavam no cardume pelo melhor pedaço - tipo piranhas.
A água quente convidava a vários mergulhos. Decidi nadar até à costa, mas não avaliei bem a distância. Demorei uns vinte minutos a lá chegar. Pelo caminho apanhei uns corais que estive mesmo para trazer para Portugal. Tinham encrostados fósseis de velhas conchas ou algas.
Ficou a memória. Deixei os corais para trás.
Ao regresso para o barco, decidi partilhar canoa. Obviamente que aquilo precisa de alguma perícia e eu não tenho nenhuma. E então... aquilo lá virou. Tive que mergulhar em busca do remo. Não o podíamos perder senão tínhamos que o pagar. Felizmente o pequeno bote lá voltou ao sítio e, com a ajuda de um amigo e leal tailandês, embarquei para a próxima aventura...
Rodrigo Ferrão
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