terça-feira, 21 de maio de 2013

1º Parágrafo: Estação das Chuva


Naquela noite Lídia sonhou com o mar. Era um mar profundo e transparente e estava cheio de uma criaturas lentas, que pareciam feitas da mesma luz melancólica que há nos crepúsculos. Lídia não sabia onde estava, mas sabia que aquilo eram alforrecas. Enquanto acordava ainda as distinguiu atravessando as paredes e foi então que se lembrou da avó, Dona Josephine do Carmo Ferreira, aliás Nga Fina Diá Makulussu, famosa intérprete de sonhos. Segundo a velha sonhar com o mar era sonhar com a morte.


Sem comentários:

Enviar um comentário