Há momentos no dia em que não pensa nele. Está escudada por tarefas
minúsculas que não são invejáveis. Ocupam espaço. Mantém o cérebro ligado a
outra realidade. Pessoas que falam, problemas para resolver, papéis e reuniões.
As reuniões não são boas, consegue distrair-se com facilidade e, de repente, há
uma SMS que a alerta para a existência dele. Ele, lá fora no mundo. De que tem
medo? De o perder. Simplesmente isso, perdê-lo. Levou muito tempo a conseguir
verbalizar esta realidade: dói-lhe a falta de paz interior de o ver perdido,
alheio a ela. Não lhe custa deixá-lo ir percorrer outros caminhos. Custa-lhe
que ele não volte. Precisa tanto que volte. Precisa tanto que volte – quer
acreditar – ele precisa de se afastar. É um processo.
No topo da lista!
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