terça-feira, 2 de abril de 2013

O Corvo de Allan Poe por James Earl Jones


Sob o mérito de uma assombrosa imaginação Edgar Allan Poe conseguia traduzir ao papel impressões e os sentimentos de tristeza, terror e solidão com rara habilidade.

No ensaio "Filosofia da composição", Poe – sob o pretexto de desmistificar a crença no poder da inspiração sobre os autores revelando os bastidores literários das escolhas que os escritores fazem ao trabalhar seu texto – cria uma peça autoelogiosa, um tributo à engenhosidade do seu texto mais conhecido, o poema "O Corvo". Um processo criativo do poema é descrito passo-a-passo como se fosse a solução de um problema lógico que teria como solução o “embriagador arrebatamento da alma” através do sentimento da tristeza já que “Qualquer que seja o seu parentesco, a beleza, no seu desenvolvimento supremo, induz às lágrimas, inevitavelmente, as almas sensíveis. Assim, a melancolia é o mais idoneo dos tons poéticos.”

A permanência do poema no imaginário literário até hoje comprova a eficiência da obra, que realmente vai a um crescendo de delírio do erudito enlutado até a mais profunda desesperança diante da morte da amada.

Uma impressionante leitura feita por James Earl Jones (se o Darth Vader lesse poesia seria assim).


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