Hoje, há 120 anos, em São Tomé, concretamente na Roça da Saudade, freguesia da Trindade, nascia Almada Negreiros, filho de um tenente de cavalaria de Aljustrel e uma mestiça com fortuna. Fortuna a nossa, que a cultura portuguesa ficaria marcada de forma indelével pelo menino José, poeta, futurista e tudo.
Razões para comemorar, pois claro. E se ontem houve animação no Largo do Chiado, hoje inaugura-se nos também lisboetas Calçada da Glória e Largo da Oliveirinha a exposição colectiva de Arte Urbana “Almada por se7e”. Quando forem 18 horas, lá estarão sete jovens nomes da arte urbana a reinterpretarem algumas peças e temas emblemáticos de Almada.
Mais cedo, já às 16h15 na sala estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, uma sessão da peça "Olhos de Gigante", a partir de Almada Negreiros, pelo Teatro O Bando. O espectáculo vai estar em cena de 24 a 28 deste mês, tendo ainda uma sessão especial em língua gestual portuguesa agendada para dia 21.
Do programa completo de comemorações, que se vai estender ao longo do ano e pode ficar a conhecer através deste link, destaco ainda as tertúlias que vão decorrer em Maio e Junho no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, a exposição na Biblioteca Nacional e também o colóquio internacional que, em Novembro, vai reunir em Lisboa diversos estudiosos da obra de Almada.
Mas o programa é largo e merece que nele atentem. Até porque, em breve, na Ribeira das Naus, surgirá um monumento a Almada criado a partir do desenho Auto-Reminiscência, um auto-retrato de 1949.
Uma forma de o homenagear também é deixar-vos este vídeo: a sua última intervenção pública, no verão de 1969, participando no programa televisivo Zip-Zip - realizado por Luís Andrade, lamentavelmente falecido ontem.
E porque Almada Negreiros, o artista, foi também homem - e pai e avô - deixo-vos ainda este mimo: uma pequena entrevista das netas, Rita e Catarina, dada hoje à TSF.
Continuação de um bom domingo. E boas leituras, pois claro!
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