quarta-feira, 17 de abril de 2013

1º Parágrafo: O Testamento Francês


Ainda criança, já adivinhara que aquele sorriso muito especial representava para cada mulher uma estranha e pequena vitória. Sim, uma efémera vingança das suas esperanças frustradas, da grosseria dos homens, da raridade das coisas belas e verdadeiras neste mundo. Se eu soubesse expressar-me, naquela altura, teria chamado a essa forma de sorrir “feminilidade”... Mas a minha linguagem era então excessivamente concreta. Limitava-me a observar os rostos femininos nos nossos álbuns de fotografias e a descobrir aquele reflexo de beleza em alguns deles.


* Tradução de Clarisse Tavares

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