quinta-feira, 25 de abril de 2013

1º Parágrafo: Lanterna Mágica


Quando nasci, em Julho de 1918, a minha mãe estava com gripe, o meu estado como recém-nascido não era dos melhores, e por isso fui baptizado de emergência no próprio hospital. Um dia, quando o nosso médico de família (que era um sujeito já de idade) nos visitou, olhou para mim e disse: “Esta criança está a morrer de fome.” Foi então que a minha avó me levou para a sua casa de campo na Dalecárlia. Durante a viagem de comboio, que naquele tempo levava um dia, ela alimentou-me com pão-de-ló molhado em água. Ao chegarmos lá eu estava quase a morrer, mas a minha avó encontrou logo uma ama-de-leite, uma rapariga meiga, alourada, vinda de uma aldeia ali perto, e embora eu fosse recuperando, vomitava amiúde e tinha constantes dores de barriga.


* Tradução (do sueco) e notas: Alexandre Pastor
* Revisão de texto: Anabela Prates Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário