Quando nasci, em Julho de 1918, a minha mãe estava com gripe, o meu
estado como recém-nascido não era dos melhores, e por isso fui baptizado de
emergência no próprio hospital. Um dia, quando o nosso médico de família (que
era um sujeito já de idade) nos visitou, olhou para mim e disse: “Esta criança
está a morrer de fome.” Foi então que a minha avó me levou para a sua casa de
campo na Dalecárlia. Durante a viagem de comboio, que naquele tempo levava um
dia, ela alimentou-me com pão-de-ló molhado em água. Ao chegarmos lá eu estava
quase a morrer, mas a minha avó encontrou logo uma ama-de-leite, uma rapariga
meiga, alourada, vinda de uma aldeia ali perto, e embora eu fosse recuperando,
vomitava amiúde e tinha constantes dores de barriga.
* Tradução (do
sueco) e notas: Alexandre Pastor
* Revisão de
texto: Anabela Prates Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário