Crónicas islandesas contam que em tempos viviam neste país homens vindos
do oeste, que deixaram para trás crucifixos, sinos e outros artigos que tais,
utilizados em práticas de feitiçaria. Em fontes latinas estão registados os
nomes daqueles homens que das ilhas a Oeste navegaram até cá nos primórdios do
papado. O seu líder chamava-se Kólumkilli, o irlandês, um conhecido feiticeiro.
Naquela altura a terra na Islândia era extremamente fértil. Mas quando os
noruegueses se instalaram aqui, os feiticeiros do Oeste deixaram o país, e
registos antigos dizem que, para se vingar, Kólumkilli amaldiçoou os novos
habitantes, rogando que eles nunca ali gozassem de prosperidade, o que mais
tarde veio a tornar-se realidade. Muito mais tarde, os noruegueses, na Islândia
deixaram a sua fé para se entregarem aos cultos de povos estranhos. Nessa altura
tudo ficou às avessas, os deuses noruegueses eram escarnecidos e outros deuses
e santos foram adoptados, alguns do Leste, outros do Oeste.
* Tradução de
Guõlaug Rún Margeirsdóttir
Sem comentários:
Enviar um comentário