domingo, 17 de março de 2013

Cronicando pela Ásia: de Krabi às Phi-Phi

Krabi »» Ko Phi-Phi, 
23 de Abril 2009


Ko é a palavra para ilha. Existem inúmeros oásis destes espalhados pelo mar da Tailândia. E do que vi, posso dizer que conheci várias formas de encarar o paraíso. Praias de areia fina e branca, águas de azul transparente, com coqueiros por todo lado, bungalows para dormir, comida fabulosa, um calor que nos embala...

Parti de barco. Krabi ficou para trás e esperava-me uma viagem de duas horas e meia. Nesse bocado, o meu pequeno grande acidente. Como o bote avançava a uma velocidade razoável e corria um bom vento, esqueci-me do sol... Num país tropical, isso é sinónimo de fatalidade.


Ter a visão de estar a atracar nas Phi-Phi é um sonho. A máquina fotográfica bem queria ter disparado mais, mas a bateria não deu para muita coisa. Fui a correr comprar pilhas.

O porto estava cheio de pessoas à espera de estrangeiros, como qualquer outro sítio por aquelas bandas. Ofereciam quartos, mergulho, expedições para outras ilhas, águas e sumos... uma grande balbúrdia! O melhor a fazer é fugir.


Aquelas ilhas formidáveis tinham sido devastadas pelo tsunami. Havia um vídeo e algumas fotografias a recordar a tragédia. Talvez por isso, existem várias rotas que indicam escapatórias (em caso de haver um novo) e umas luzes que piscam e estão preparadas para qualquer alerta. Basta subir uns 50/100 metros para estar completamente fora de risco.

Sentei-me num bar com a bandeira do Bob Marley. Toda a tarde foi dedicada à fotografia. Mesmo a meu lado, duas águias domesticadas, presas por uma corrente.

Passeio pela praia, percorri-a de uma ponta à outra. Mas já começava a sentir o efeito do escaldão nas pernas. Isto mesmo depois de ter posto umas calças e aplicado factor 50 por todo o corpo. A única solução foi beber muita água e pôr-me à sombra.


Não viria a ter mais escaldões na Ásia, mas este custou-me imenso. Logo a seguir ao jantar fui para o quarto. Pus creme hidratante e apontei a ventoinha para mim. Quase chorava de dores, nunca tinha sentido um escaldão tão forte na vida. Dava um passo e doíam-me as pernas por todo o lado. Felizmente só foi mau neste dia. No seguinte, a pele já tinha respirado o suficiente para começar a regenerar...

Rodrigo Ferrão

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