sexta-feira, 15 de março de 2013

a-ver-outros-livros no Metro: Ferreira de Castro

Talvez esquecido. Quantos desse lado recordam Ferreira de Castro? Quem foi? O que escreveu? O cartoonista António não o esqueceu e inclui-o no rol de figuras das letras que retratou nas paredes do Metro do Aeroporto, em Lisboa.

E bem que fez. Afinal, o escritor sempre teve um pé cá, outro do outro lado do oceano, que o Brasil - para onde emigrou aos 12 anos - e a zona do aeroporto não lhe seria estranha. Mas confesso desde já que esta é um 'viagem' que eu própria faço às escuras. Apesar de ter tido livros dele à mão de semear, nunca os li. Perdi-os de vista.


José Maria Ferreira de Castro (Oliveira de Azeméis, 24 maio 1898 - Porto, 29 junho 1974) foi emigrante - durante quatro anos viveu em plena selva amazónica, junto à margem do rio Madeira, e foi embarcadiço no Amazonas. Foi homem de jornalismo - trabalhou em "O Século" e chegou a ser director de "O Diabo". Foi acima de tudo, escritor - e o seu livro mais famoso é mesmo "A Selva".


"A Selva" conta a história de Alberto, um jovem monárquico português refugiado no Brasil que vai trabalhar para a selva amazónica durante a febre do ouro negro. Ali, rodeado de perigos míticos, molda o seu carácter e conhece Dona Yá-Yá com quem mais tarde se vai envolver. 

Uma história marcante da literatura nacional que o realizador Leonel Vieira viria a recuperar e que foi protagonizada por dois nomes bem conhecidos da representação: Diogo Morgado e Maîte Proença.

Deixo-vos dois mimos.
Um link para um blogue dedicado a Ferreira de Castro, especificamente para um post sobre a sua vida na intimidade.
Outro link, agora para um trecho do filme "A Selva".
Usufruam desta viagem. O Metro vai partir.



2 comentários:

  1. Obrigado pela referência ao blogue. E vou aproveitar a imagem do grande António para a iconografia, pode ser? (Com a devida referência, é claro).

    ResponderEliminar
  2. Obrigada nós pelo excelente trabalho de compilação que ali tem. Esteja à vontade. :-)

    ResponderEliminar