domingo, 10 de fevereiro de 2013

Cronicando pela Ásia... Jungle Line - 17 horas em fotografia

Malásia de Sul a Norte,
21 de Abril 2009


O comboio partiu ainda o sol não tinha nascido. Por entre alguns sonos mal dormidos, no chão da estação, lá abri o olho quando finalmente chegou. Daquele ponto no meio do nada, partíamos poucos. E poucos fomos durante algumas horas. Ainda com noite serrada, os passageiros dormiam. Soprava uma brisa fria, faltavam muitas janelas... 

Esta é viagem que se faz uma vez na vida. E uma vez basta. É muito engraçado parar nas aldeias por poucos minutos. E deu sempre para tirar algumas fotos (enquanto a pilha funcionou). Mas nunca havia tempo suficiente para grandes aventuras. O comboio parava nas principais aldeias do meio da selva. Descarregava e carregava o que tinha, e partia. 

Malásia: país maioritariamente muçulmano. Nós estrangeiros, perdidos naquela viagem, éramos a principal atracção. Em particular, porque as raparigas Ocidentais iam de top... Mostravam demasiada pele e, por isso, foram olhadas de lado. Alguns risinhos de crianças (quiçá espantadas por as verem assim) e alguns cochichos entre homens e mulheres.

Tive uma invasão de meninas na carruagem. Era já fim da tarde e regressavam às aldeias vizinhas, vindas da escola. De repente o espaço encheu-se de vida. Dezenas de meninas, todas de Burka branca (mas de face exposta) e com os seus cadernos e livros. Deu para perceber, de imediato, que rapazes e raparigas andam em escolas separadas. 

Podem achar estranho... mas dei por mim a pensar que elas eram parecidas com a imagem da estátua de Nossa Senhora de Fátima. Iam todas de Burka branca e um vestido até aos pés azul claro. 

Entre mais umas dormidas e uns acordares para tirar umas fotos e circular... lá cheguei à fronteira. Uma noite na cidade fronteiriça, antes de regressar, de novo, à Tailândia.





























Rodrigo Ferrão

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