sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Guardo a minha vida em livros de poemas: o mote dado por Emílio Miranda

(Este poema faz parte de um conjunto que denominei Ciclo Maria Azenha, em que o Mote é um verso da poetisa, que desenvolvo no poema a seguir. Este é o Mote VIII)



Foto: Cláudia Miranda

Mote: … guardo a minha vida em livros de poemas...

Guardo a minha vida
Em poemas, cujos livros
Aguardam ser escritos…
Guardo a minha alma
Em pétalas de açucenas
Que lanço ao vento
Quando o vento silencia todos os gritos…
Talvez um dia a natureza dite
Que os frutos nasçam não de sementes
Mas de lembranças…
E as crianças
Do olhar de quem as deseja…
Talvez um dia
As palavras
Signifiquem
Não o que dizem
Mas o que esperamos delas…
E as estrelas
Brilhem
Não fora
Mas dentro de nós!
Talvez então
A voz
Seja o que deve ser
Uma luz ao anoitecer
Uma noz
De desejo
Irrompendo
Sem dor
E talvez, por fim,
O Amor
Sejamos nós…


Emílio Miranda
*esta semana em destaque no Clube de Leitores. 

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