Como de hábito, Policarpo
Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze
da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de
Guerra, onde era subsecretário, bongava pelas confeitarias algumas frutas,
comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa. Não gastava
nesses passos nem mesmo uma hora, de forma que, às três e quarenta, por aí assim,
tomava o bonde, sem erro de um minuto, ia pisar a soleira da porta de sua casa,
numa rua afastada de São Januário, bem exatamente às quatro e quinze, como se
fosse a aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno matematicamente
determinado, previsto e predito. A vizinhança já lhe conhecia os hábitos e
tanto que, na casa do Capitão Cláudio, onde era costume jantar-se aí pelas
quatro e meia, logo que o viam passar, a dona gritava à criada: “Alice, olha
que são horas; o Major Quaresma já passou.”
A-há!
ResponderEliminarAcho que encontrei já a casa de Policarpo....
http://avidanumagoa.blogspot.com.br/2011/07/casa-de-policarpo.html