No fim do Verão daquele ano vivíamos numa aldeia que, para lá do rio e da
planície, confrontava as montanhas. No leito do rio havia seixos e pedregulhos,
secos e brancos ao sol, e a água clara corria suavemente pelos canais. Passavam
tropas em frente da casa e desciam a estrada, e a poeirada que levantavam
cobria as folhas das árvores. Os troncos das árvores estavam também cobertos de
pó e as folhas caíram cedo naquele ano, víamos as tropas marchando pela estrada
fora e o pó que se levantava e as folhas, levantadas pela brisa, caíam sobre os
soldados em marcha e depois a estrada deserta e branca sem nada além das
folhas.
* Tradução de
Adolfo Casais Monteiro
Sem comentários:
Enviar um comentário