Começou a lê-lo naquela manhã, acabadinho de desembrulhar, edição especial, um cheiro a papel couché tão reconfortante quanto o das rabanadas do serão da véspera.
Dizem que ninguém o tirava do cadeirão grande junto às estantes, ninguém o convencia a ir ver - pela enésima vez - o Grinch, ninguém o seduzia com um joguinho de Trivial Pursuit.
Nem o cheiro do almoço natalício - está servido! - lhe arrancou os dedos do livro.Tinha os olhos presos das páginas. Os ouvidos moucos aos apelos. Deixaram-no ficar.
Ao final da tarde procuraram-no. Não o voltaram a encontrar.
* para conhecer melhor a pintura do espanhol Carlos C. Laínez é seguir o link carlosclainez.blogspot.pt |
Sem comentários:
Enviar um comentário