Era um almoço de trabalho. Nada mais. Ela e ele e um gravador, o barulho
dos talheres, vozes ao fundo, talvez uma música a brincar com as memórias. No
carro levava os livros dele, algumas edições antigas, o novo romance, coisas
por dizer. Estacionou vinte minutos antes da hora combinada para ter a certeza
de que o gravador estava a gravar; para se olhar no espelho, mínimo, na pala
que protege do sol; para respirar fundo.
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