terça-feira, 11 de dezembro de 2012

1º Parágrafo: No Silêncio de Deus


Era um almoço de trabalho. Nada mais. Ela e ele e um gravador, o barulho dos talheres, vozes ao fundo, talvez uma música a brincar com as memórias. No carro levava os livros dele, algumas edições antigas, o novo romance, coisas por dizer. Estacionou vinte minutos antes da hora combinada para ter a certeza de que o gravador estava a gravar; para se olhar no espelho, mínimo, na pala que protege do sol; para respirar fundo.


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