Quem vem lá?, bradou ele do alto do posto, de súbito enregelado e com um
calafrio na voz, ao escutar os passos que chapinhavam do lado de lá da morte.
Vira-o apenas de fugida, passar, encobrir-se, ficar como que atento e em
suspensão, ir-se finalmente como vento, e deixou de vê-lo. Pensou que voara,
alando-se ou apenas se extinguindo num espaço impreciso, entre a noite e uma
sebe de canas de bambu que ali havia. Ainda assim, apontou-lhe a arma mas às
cegas. Não um corpo em sua concreta forma definida, pensou, mas a breve sombra
de um vulto sem corpo e sem cabeça – ou com ela estranhamente suspensa e
degolada, que é como todas as sombras se movem nas noites furtivas da guerra. Logo
a seguir, reapareceu a flutuar à sua frente, iluminando-se em contraste com a
penumbra, um anjo perdido da guerrilha: como se se tivesse posto de novo em
levitação.
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