quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os Dias do Arco-Íris de Antonio Skarmeta, em Novembro a leitura do mês


Chile, 1988. O país vive a repressão da ditadura de Pinochet desde o golpe de 11 de Setembro de 1973.

Os tempos são de luta mas também de alegria. Nada mais apropriado do que este livro para leitura do mês. Obviamente incomparável pela dureza das situações mas talvez uma boa reflexão sobre as repetições históricas dos erros históricos dos povos, dos seus erros, dos seus políticos e da capacidade de superação das situações.

A geração da liberdade de Allende desiludida e pouco esperançada e a geração conformada mas em busca da alegria que vai ser essencial na vitória do Não no referendo de 1988. Pais e filhos em busca de uma solução.

Em Portugal foi publicado em 2011 pela Teodolito, chancela das Edições Afrontamento, coordenada pelo editor Carlos da Veiga Ferreira. "Os Dias do Arco-Íris", é a nossa leitura para Novembro.


Pelas mãos de Antonio Skarmeta, multi premiado e mundialmente conhecido pela obra O Carteiro de Pablo Neruda, mais tarde adaptada a cinema. Foi membro do Movimento de Acção Popular e Unitária (MAPU). No ano de 1973 era professor de literatura da Universidade do Chile, e diretor teatral. Já havia produzido um filme sobre a Unidade Popular com o director alemão Peter Lilienthal, no qual publicou mais tarde (1982) a novela "La Insurrección". Devido ao golpe militar em Chile teve que sair do país em companhia do cineasta Raúl Ruiz. A primeira escala foi Argentina, onde residiu durante um ano. Em 1989 regressou ao Chile após o longo exílio de 16 anos. Criou um programa de televisão chamado "O show dos livros".

Da literatura chilena dos exilados ainda temos muito para ler e ainda há muito para escrever. 

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