O som do tiro ecoou por cima dos telhado e projectou-se rua abaixo no
momento em que Rafael Alabaça espreitava à janela de um segundo andar da Rua
Direita. Intrigado sob a origem do disparo, suspende no ar a mão direita onde
segura a navalha de barba ainda branca de espuma, esquecendo por momentos o
sangue de um corte feio que lhe escorre pela face, como uma grossa lágrima
vermelha. Pouco antes, os sinos pequenos da igreja paroquial tinham entoado as
duas badaladas das seis e meia da manhã.
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