quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Poema à Noitinha... Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade volta a este blog, uma das suas casas. As vezes que forem necessárias. Para nos fazer roubar um sorriso. Antes de irmos dormir.

O Silêncio

«Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.»


 *Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio."

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