Eugénio de Andrade volta a este blog, uma das suas casas. As vezes que forem necessárias. Para nos fazer roubar um sorriso. Antes de irmos dormir.
«Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.»
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.»
*Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio."
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