sábado, 27 de outubro de 2012

Cronicando pela Ásia... O primeiro olhar sobre Macau

Macau - 15 e 16 de Abril 2009


Chego a Macau e aguardo. Os amigos ainda não me vieram buscar. Consigo telefonar de uma cabine, sei que estão a caminho.

Pousei as malas e observei a cidade. É colorida pelos néon dos casinos. Erguem-se prédios como eu nunca vi ou imaginei. Depressa cheguei à conclusão que estava num mundo onde todos os sentidos se movem de acordo com as cores, os cheiros, os movimentos das pessoas...

Janto novamente em terra. Um restaurante aparentemente pobre em instalações, mas com uma belíssima vista para o rio. Rio salubre, de um castanho que não é igual à cor dos nossos. 

O restaurante é rico na variedade de pratos, de peixes e mariscos expostos em bacias cheias de água à entrada. É estranho vermos o nosso futuro jantar em bacias. Ou não tão estranho, se pensarmos que nas marisqueiras portuguesas vemos o jantar em aquários. 

A conversa rola em torno da emoção de ter chegado, das aventuras e desventuras que passei. Do interminável voo, com escala em Londres. Tantas e tantas horas passadas quase em claro. Treze das quais no mesmo avião. Nesse cubículo que voa pelos ares, havia um mapa digital num pequeno monitor que mostrava o que sobrevoávamos. Nunca mais acabava a Rússia... O mundo parecia não ter fim!

Terminado o jantar,  vou para uma rua de Macau onde há a maior concentração de pequenos bares e pubs. Mas não são assim tantos... Explicam-me não ser muito usual haver animação na rua. Estamos na cidade dos casinos: é lá onde as pessoas se divertem todos os dias e noites. 


Vamos a uma discoteca que fica num segundo andar de um gigantesco edifício. Parece um shopping, tem habitação. Mas tem também uma discoteca lá no meio.

Mal a porta do elevador se abre, o primeiro choque. Vejo um homem de meia idade careca com uma miúda nova. A rapariga seria menor, não sei bem dizer. É difícil avaliar a idade de um asiático. Mas pareceu-me muito nova para aquela figura. E bem distante da idade do ocidental.

É uma imagem que, apesar de custar, tenho que me habituar. Assim me dizem ser a Ásia. É impossível ficar indiferente. Mas não há nada que eu possa fazer.

Rodrigo Ferrão

Sem comentários:

Enviar um comentário