Mas que grandessíssimo oportunista saí!
Pois bem, mais do que falar do livro propriamente dito, de que evito tecer comentários (aí sim seria considerado mais do que um oportunista; um vaidoso), falarei do que representaram os factos aqui descritos na história do Mundo, sem esquecer a de Portugal e a do Japão, obviamente, bem como o que representou para mim escrever este livro, que motivações e dificuldades me assaltaram durante cerca de um ano.
Como é sabido, pelo menos do que é hoje possível comprovar, os portugueses foram os primeiros ocidentais a pisarem terras do Japão. O facto histórico ocorreu a Sul do Arquipélago, na ilha de Tanegashima, onde terão aportado no distante dia 23 de Fevereiro de 1543. Tratar-se-ia de comerciantes acompanhados por mercadores e marujos chineses, conhecedores do povo e da língua, e deste modo preciosos auxiliares daqueles nossos conterrâneos, a mãos com a dificuldade de entenderem e se fazerem entender.
O fascínio pelo Japão Feudal surgiu com Xogum, primeiro através da visualização da série televisiva protagonizada pelo ator Richard Chamberlain, e logo de seguida pela leitura deliciada dos dois grossos volumes da autoria de James Clavell, rapidamente transformados em Best-Seller, nos quais se baseava precisamente a adaptação televisiva.
A estes seguiram-se Shibumi, de Trevanian, Ninja, de Eric Lustbader, O Samurai de Shuzaku Endo, entre inúmeras outras obras tendo como pano de fundo o Japão, a sua cultura, filosofia e peculiar modo de vida. Um povo disciplinado, estóico, capaz de superar as mais árduas adversidades, baseando-se sempre no princípio fundamental de viver para servir e morrer com honra.
Durante anos este fascínio foi assim alimentado até que em 2002 me cruzei com A Catedral do Junco, de Jacques Keriguy, livro que relatava os primeiros contactos dos Jesuítas com o País do Sol Nascente.
Foi precisamente ao ler a Nota, constante do final do livro, que me deparei pela primeira vez com a expressão Teppô-Ki – O Livro dos Mosquetes. Teppô-Ki era o título de um escrito da autoria de um monge budista, elaborado anos depois da chegada dos portugueses e significa precisamente A Crónica da Espingarda ou O Livro dos Mosquetes (tipo rudimentar de espingarda da época – Séc. XVI).
A ideia de escrever sobre o Japão, tantas vezes alimentada e, por receio, colocada imediatamente de lado, foi insuflada por uma espécie de inspiração instantânea, e a primeira frase que inicia a história foi escrita num ápice.
Porém, o que pretendia ser um pequeno conto transformou-se rapidamente numa história elaborada, de sinuosos contornos que ao longo de mais de um ano veio a transformar-se no primeiro esboço de romance que depois ficou adormecido, precisamente até à conclusão de A Princesa do Corgo, em 2008. Retomado, revisto vezes sucessivas, acabou na história de três portugueses que, após naufragarem na ilha de Tanegashima, a sul do arquipélago do Japão, desencadeiam uma autêntica revolução na cultura e nos ancestrais costumes japoneses de fazerem a guerra.
Atualmente, ainda é celebrada a chegada dos portugueses ao Japão, numa cerimónia que pode ser traduzida por Festival do Mosquete e que tem lugar precisamente a sul de Tanegashima, todos os 23 de Setembro.
O fascínio pelo Japão Feudal surgiu com Xogum, primeiro através da visualização da série televisiva protagonizada pelo ator Richard Chamberlain, e logo de seguida pela leitura deliciada dos dois grossos volumes da autoria de James Clavell, rapidamente transformados em Best-Seller, nos quais se baseava precisamente a adaptação televisiva.
A estes seguiram-se Shibumi, de Trevanian, Ninja, de Eric Lustbader, O Samurai de Shuzaku Endo, entre inúmeras outras obras tendo como pano de fundo o Japão, a sua cultura, filosofia e peculiar modo de vida. Um povo disciplinado, estóico, capaz de superar as mais árduas adversidades, baseando-se sempre no princípio fundamental de viver para servir e morrer com honra.
Durante anos este fascínio foi assim alimentado até que em 2002 me cruzei com A Catedral do Junco, de Jacques Keriguy, livro que relatava os primeiros contactos dos Jesuítas com o País do Sol Nascente.
Foi precisamente ao ler a Nota, constante do final do livro, que me deparei pela primeira vez com a expressão Teppô-Ki – O Livro dos Mosquetes. Teppô-Ki era o título de um escrito da autoria de um monge budista, elaborado anos depois da chegada dos portugueses e significa precisamente A Crónica da Espingarda ou O Livro dos Mosquetes (tipo rudimentar de espingarda da época – Séc. XVI).
A ideia de escrever sobre o Japão, tantas vezes alimentada e, por receio, colocada imediatamente de lado, foi insuflada por uma espécie de inspiração instantânea, e a primeira frase que inicia a história foi escrita num ápice.
Porém, o que pretendia ser um pequeno conto transformou-se rapidamente numa história elaborada, de sinuosos contornos que ao longo de mais de um ano veio a transformar-se no primeiro esboço de romance que depois ficou adormecido, precisamente até à conclusão de A Princesa do Corgo, em 2008. Retomado, revisto vezes sucessivas, acabou na história de três portugueses que, após naufragarem na ilha de Tanegashima, a sul do arquipélago do Japão, desencadeiam uma autêntica revolução na cultura e nos ancestrais costumes japoneses de fazerem a guerra.
Atualmente, ainda é celebrada a chegada dos portugueses ao Japão, numa cerimónia que pode ser traduzida por Festival do Mosquete e que tem lugar precisamente a sul de Tanegashima, todos os 23 de Setembro.
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