Cada ser humano é um poeta, no sentido literal da palavra, mesmo que não seja um escrevedor de poemas, mesmo que não pratique a arte de escrever o que sente e o que aspira poeticamente para o mundo, para o seu bairro, para o recanto onde vive… Todo o ser humano é um poeta – repito – e garantidamente que o mundo seria melhor se cada um de nós pensasse, às vezes, mais como um poeta e menos como um gestor empenhado do tempo que lhe foi destinado para viver…
Bom, esta não passa de uma introdução ao tema escolhido para iniciar este ciclo de o Clube de Leitores COM_vida. Pois qual seria senão este mesmo: o da Poesia?
Hoje, a obra escolhida é:
50 Poemas de Tomas Tranströmer.
Lidos! Apreciados! Não; lidos, não; [apenas] apreciados. A boa poesia não se lê, aprecia-se. Lê-se a que não se aprecia. Lê-se para se chegar rapidamente ao fim do caminho, mais ou menos tormentoso.
Nestes 50 poemas – quem quiser pode, como eu, ler em sueco, pois a edição da Relógio D’ Água é bilingue (riso) – o poeta a quem o espírito de Nobel homenageou em 2011 leva-nos ao imaginário dos sentidos, tão mais concreto quanto mais imaginário, na capacidade que a poesia desperta de nos descobrirmos, mesmo onde não imaginávamos existir, como não imaginávamos que existíssemos.
Também eu.
«Assistia a um funeral
E senti que o defunto
Lia os meus pensamentos
Melhor do que eu.»
Não o poeta, felizmente vivo e em plena actividade criativa; mas [talvez] o defunto que descobrimos às vezes dentro de nós, outras fora, mas que nos desperta, insolitamente para a vida!
Tomas Tranströmer, sueco nascido em 1931, é o poeta das palavras límpidas. Do poema claro!
Recomendo. Vivamente! Aos amantes da poesia e não só. A todos os amantes de palavras. De Palavra.
E aos outros. Para que se convertam!
E senti que o defunto
Lia os meus pensamentos
Melhor do que eu.»
Não o poeta, felizmente vivo e em plena actividade criativa; mas [talvez] o defunto que descobrimos às vezes dentro de nós, outras fora, mas que nos desperta, insolitamente para a vida!
Tomas Tranströmer, sueco nascido em 1931, é o poeta das palavras límpidas. Do poema claro!
Recomendo. Vivamente! Aos amantes da poesia e não só. A todos os amantes de palavras. De Palavra.
E aos outros. Para que se convertam!
Emílio Miranda
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