Para variar comecei eu, que quem atira as achas também deve acender a fogueira. E a resposta, por tantas razões e todas elas tão subjectivas que nem vale a pena enumerar, é simples: “Os Cavalos Também se Abatem”, de Horace McCoy.
Conceição Carvalho – “A Cor do Olhar”, de Alda Cabrita.
Luís Ferreira – Eu ficava com um dos meus. (...) Direi que pela simbologia do projecto que estou a desenvolver neste momento, que fosse retratado o próximo livro. Em relação aos já editados, escolhia “O Céu Também Tem Degraus”, imortalizando assim o caminho.
Maria Júlia Pacheco – Talvez porque o li há muito pouco tempo e ainda paira em mim, “A História do Amor”, de Nicole Strauss, que aconselho vivamente, claro.
E achas que é um livro que vai continuar a ser importante para ti daqui a vinte anos, quando te vires retratada na parede de um museu, Maria Júlia?, quis eu saber. Respondeu-me: ‘Adoro a ideia: retratada na parede de um museu! Pois, talvez não, um outro dia daria outra escolha, mudamos todos os dias até ao dia desse hipotético retrato. A mudança é mesmo o melhor da vida, acho eu!’
Alexandre Lemos – Acho que teria de ser o “D. Quixote” [Cervantes]. Combater moinhos de vento é a minha especialidade.
Silvana Roque – Ai Jesus... deixa-me pensar! Difícil, Ana. Revejo-me em tantos... “Marley e Eu” [John Grogan].
Marta Plácido – “Do Amor e Outros Demónios”, de Gabriel Garcia Marquez (assim à primeira vista). Queres que escolha um para ti?
Engoli em seco. Amigas há anos, arrisquei. “O Silêncio dos Amantes”, de Lya Luft, atirou-me. Nunca li, foi direitinho para a lista dos a-ler. ‘Vais gostar. Vais ver-te nele’, garantiu. Ou irei ver-me como tu me vês? Uma interrogação que me fica para outro dia.
Ana Paula Oliveira – Vou ser egoísta e escolher o meu primeiro livro, “Do Cinzento ao Azul Celeste”. E mais: não poderia colocar o quadro em casa, teria de ficar exposto num lugar público para lembrar quem já esqueceu que o cinzento está a regressar...
Filipa Araújo – Desafio tramado, Ana Almeida. Talvez “Amar um Cão”, da Maria Gabriela Llansol. Mas talvez pudesse ter o meu retrato pintado por vários artistas plásticos e assim pudesse escolher vários livros.
Catarina Noronha e Távora – O meu livro para ser retratada seria “O Alquimista”, de Paulo Coelho, dado que quando era mais novinha andava sempre com esse livro.
João Vilhena começou por dizer: “A La Recherche du Temps Perdu” [Proust]. Muito tempo depois viria corrigir-se: “O Retrato de Dorian Gray”, de Wilde, parece-me mais apropriado.
Cristina Correia – O meu livro mais querido é “Amor nos Tempos de Cólera” [Gabriel Garcia Marquez]. Esse seria o eleito para ser retratada.
Rodrigo Ferrão – “Anna Karenina” [Tolstoi]. Dava-me um ar de grande poder!
Esmeralda Cardoso e Silva – “Os Lusíadas” [Camões], não porque me tenha marcado mais do que muitos outros, mas porque volto a ele com muita frequência.
Ana Maria Torrão – Eu quero contribuir, mas não consegui ainda escolher o livro, pois muitos me marcaram. Já me desloquei para junto da minha estante e estou muito indecisa. Assim que ‘puder’, respondo.
À 'hora de fecho' deste Registar um Momento II ainda aguardamos que Ana Maria consiga decidir-se. Mas acredita-se que não esteja a ser nada fácil.
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