Hardborough, final dos anos cinquenta, leste de Inglaterra.
Os seus conterrâneos ficam atónitos com o atrevimento. Pareceu-me ouvir os seus julgamentos, as suas críticas. Se numa terra onde nem sequer existia lavandaria ou as tão conhecidas "fish and chips", porquê a livraria?
Quando Florence decide avançar com a encomenda de "Lolita" de Nabokov, os olhares não se desviaram da montra... nem as compras abrandaram e a caixa registadora nunca antes havia somado tanto dinheiro!
Mas afinal Hardboroug precisa mais de um Centro de Artes do que uma livraria... tal como na vida real, existem mentes pérfidas como a de Mrs. Gamart, que não poupa esforços para conseguir ocupar e substituir a Old House pelo tal espaço artístico.
Termina a aventura de Florence Green numa vila que nunca a mereceu, nem tão pouco aos livros que deu a conhecer ou que emprestou...
Há muitos sentimentos neste texto. Imagino que, ao abandonar a vila, Florence, terá experimentado a desilusão, mas nunca terá perdido a coragem de retomar o projecto noutras geografias. Quando as mentes são mesquinhas e as almas pequenas, não há espaço para a imaginação, para os livros, para as livrarias...
Há muitos sentimentos neste texto. Imagino que, ao abandonar a vila, Florence, terá experimentado a desilusão, mas nunca terá perdido a coragem de retomar o projecto noutras geografias. Quando as mentes são mesquinhas e as almas pequenas, não há espaço para a imaginação, para os livros, para as livrarias...
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