quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

No Fantasporto também há letras... e do livro se fez filme


No Porto há Fantasporto. Já começou e, nas retrospectivas que fazem o já conhecido pré-Fantas, há uma homenagem a Bram Stocker, autor do Dracula, a propósito dos 100 anos da sua morte. O filme apresentado é "Dracula de Bram Stocker" de Francis Ford Coppola, com Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins e Keanu Reeves nos principais papéis.

Pelo cinema também passam os filmes e este é um dos casos. Dracula, a principal obra no desenvolvimento do mito literário moderno do vampiro. Editado por todo o mundo e em várias línguas, é considerado um clássico da literatura internacional. Um clássico de horror/ terror que apesar de bem acolhido pelo público, demorou longos anos até ver a luz da publicação. Como inspiração para vampiro escolheu Vlad Tepes III o Empalador, um nobre da Transilvânia conhecido pela sua cultura, inteligência, mas acima de tudo, crueldade. Stoker prolonga os feitos da personagem além morte, fazendo com que esta encarne num vampiro com estranhos poderes sobrenaturais.


 E é ao castelo de Vlad Tepes, nas montanhas do Cárpato, que Jonathan Harker se desloca a partir de Inglaterra, para exercer as suas funções de solicitador. Durante a viagem, depara-se com a estranha reacção dos aldeões quando lhes revela o seu destino, e o troço final transforma-se num misto de irrealidade e de pesadelo. Finalmente no castelo, em pouco tempo se vê prisioneiro do conde, assistindo a episódios macabros e conhecendo personagens sedutoras e maléficas. Psicologicamente afectado, escapa após diversas tentativas, regressando aos braços da sua doce e virtuosa noiva Mina, na terra natal. Do terror vivido duvida, pondo em causa a sua própria sanidade. Pouco tempo depois, um barco atraca em Inglaterra, no meio de uma tempestade – a bordo apenas sobreviveu um grande cão preto.

Entretanto, Mina visita uma amiga de longa data, Lucy, na proximidade do seu casamento, e verifica que esta torna ao sonambulismo típico de infância – vítima do vampiro, a jovem sucumbe à fraqueza e a caça ao Dracula inicia-se. No limiar entre a superstição e a ciência, entre o moderno e o tradicional, é visível o confronto; a passagem da crença para a tecnologia teve lugar na época Victoriana.

Por um lado, utilizam-se os últimos avanços da medicina no tratamento e na perseguição do vampiro, por outro, baseiam-se em crenças populares para definir as causas da doença e para amenizar os sintomas.
As figuras heróicas são essencialmente homens, dispostos a enfrentar os piores pesadelos, mas não só – um dos papéis principais é feminino – uma mulher frágil, pura mas corajosa que inspira e incentiva a perseverança masculina.

Trailer do filme "Dracula de Bram Stocker" de  Francis Ford Coppola

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