O primeiro pensamento vai direitinho para o estereótipo. Mas depois ocorre que as biografias garantem que Norma Jean tinha um quociente de inteligência de 168. E não pode ter sido inteiramente por acaso que foi casada com o dramaturgo Arthur Miller. E que há imensas fotos suas a ler. A ler Joyce. A ler Whitman. A ler o ex.
Lança-se o olhar noutra direcção e surge Audrey. A morena Hepburn, pois. Também ela de livro na mão, ali, numa livraria polaca. Que surpresa.
E a mente faz o mesmo retrocesso ao registo fotográfico. Lembra ainda que um dia ela afirmou: “Para ser honesta tenho que dizer que ainda leio contos de fadas e gosto da maioria”. A mente é danada. Vá lá saber-se porquê, recorda até que Marylin cantou os parabéns a Kennedy em 1962 e Hepburn fez o mesmo em 1963, no que seria o último aniversário dele. Algo que não interessa nada para o caso.
O que interessa são as ilustrações. Há mais uma, um mural um pouco maior, chama-se “Leitores”. Está mesmo ali ao lado do balcão, junto da mesa com as cadeiras vermelhas. Os três são assinados por Agata Nowicka, uma reputada ilustradora polaca, que já contribuiu até para a “New Yorker” e o “New York Times”. Sobre si mesma, ela é sucinta: “Desenho, ilustro, faço direcção de arte, tomo conta [nota: da filha pequena, Mila], fico frustrada, aborreço-me, vou sair, dou umas gargalhadas, olho e aprendo”.
Acho que diz mais uma mão cheia de coisas interessantes (ou talvez não), mas está em polaco. Que se lixe. Volto a ver as imagens antes de ir terminar o dia de hoje com um livro propriamente dito nas mãos.
https://www.facebook.com/pages/Agata-Endo-Nowicka/183581441667829?sk=wall
Muito interessante!
ResponderEliminar