segunda-feira, 24 de outubro de 2011

a-ver-livros: Arruma-me a alma por cores

As minhas estantes são uma amálgama multicor que nunca conseguirei que condigam com algo mais do que a minha memória.
As que Chris Cobb rearrumou sob o tema “There Is Nothing Wrong In This Whole Wide World” trazem-nos o conforto perfeito do arco-íris – numa aventura que, no final de 2004, numa livraria de San Francisco, implicou quase duas dezenas de pessoas durante uma noite inteira a mudar o lugar a vinte mil livros.
Mudar. Apenas. Nada se retirou. Nada se acrescentou.

“Não tens que saber seja o que for acerca de arte para a entender, para a sentir”, afirmou o artista da fenda palatina – que, para ganhar a vida, também já trabalhou como professor, chef, redactor de obituários, designer, vendedor de antiguidades e dj. Ao todo, sete ocupações.
Vermelho. Laranja. Amarelo. Verde. Azul. Anil. Violeta.
Não há coincidências, pois não?

Shi Ananda, que trabalhava na Adobe Books e ajudou nesta colorida e hérculea tarefa, revelaria mais tarde: os livros azuis foram os que mais se venderam durante os dois meses em que a instalação esteve montada. Os castanhos foram os mais roubados. Os vermelhos ficaram nas prateleiras. Havia mais livros brancos do que de qualquer outra cor. Raros eram os livros amarelos.

http://www.kqed.org/arts/programs/spark/profile.jsp?essid=4286

1 comentário:

  1. Olhar os "meus "... - foi logo a primeira coisa que fiz , mal cheguei à última palavra. Deixa-os lá ficar assim, nesta confusão harmoniosa de cores , temas , géneros, autores ... É pelo fio dos afectos que lá se vão acomodando, uns coladinhos aos outros e nem sempre na vertical, convenhamos . Sei agora que, para além do muito que em si guardam, a hipótese de com eles "construir" um arco-íris é real . E não é que até tenho alguns amarelos ?

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