quarta-feira, 14 de setembro de 2011

fiM de VerãO


E choro por não conseguir chorar,
em tardes de Setembro,
fim de amores de Verão.
Pecado controlado
que destrói todo o prazer,
sentimento coalhado,
alma ardente
num corpo a arrefecer.

E choro fumando saudade,
suspiros cinzentos de dor,
que mancham todo o presente
com memórias de um passado
vazio de solidão,
gota de água escorrendo numa mão,
beijos longos
perdidos no tempo,
como as folhas de Outono
no vento.

Raquel Serejo Martins

 

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