sexta-feira, 15 de julho de 2011

Kokoschka veio ter comigo...

As primeiras palavras do livro, mesmo antes da história começar:

'Certo é que a boneca foi construída e, julgo, tornou-se uma desilusão. Kokoschka acabou por matá-la. Mas adianto-me. Durante algum tempo ele fê-la viver. Uma pessoa não existe apenas por ter um corpo. Precisa de ter uma vida social. Precisa da palavra, da alma. Precisamos de testemunhos, dos outros. Por isso, Kokoschka fez com que a criada fizesse circular rumores sobre a boneca. Histórias: como se ela existisse, como se ela tivesse uma existência semelhante à nossa.'


Destaque, igualmente, para as palavras de Afonso Cruz:

'Existem doenças infames, capazes de fazer do nosso corpo uma gaiola para a alma. Parkinson plus é uma das formas mais perversas de o universo mostrar a sua crueldade medieval. Ou como disse Lao Tsé, o universo trata-nos como cães de palha.

Este livro é dedicado à minha mãe.'

A aventura começa!...

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