segunda-feira, 27 de junho de 2011

José e Pilar

Vi, no fim de semana passado, o filme 'José e Pilar'. Não sei se deva chamar filme - na clássica acepção, produto de 'ficção'. Na realidade, entramos na vida, na casa, nos pensamentos do escritor e sua mulher... uma biografia, talvez...


O que mais me prende a esta história é assistir ao amor incondicional de Saramago por Pilar. Sente-se que esta mulher inspirou a sua forma de estar desde que se conheceram. Acho que ele próprio reconhece que há duas pessoas dentro dele: a que viveu sem Pilar e a que nasceu a partir daí. Como se tivesse gasto duas vidas diferentes...

Passou-se um ano após o seu desaparecimento. Para assinalar a data, a sua editora portuguesa de sempre (Editorial Caminho), além de re-editar 'Viagem a Portugal', apresenta 'Palavras para José Saramago' e 'O Silêncio da Água'. Fiquem com o essencial:


'Este livro condensa textos críticos da obra de José Saramago bem como depoimentos e manifestações de homenagem ao único galardoado português com o Prémio Nobel, por várias personalidades de mais de 20 países.'


'A partir de uma recordação de infância, José Saramago compôs uma fábula universal que sobressai pela sua sabedoria. Manuel Estrada, um dos maiores artistas gráficos contemporâneos, recria com mestria toda a doçura desta história memorável.'

«Voltei ao sítio, já o Sol se pusera, lancei o anzol e esperei. Não creio que exista no mundo um silêncio mais profundo que o silêncio da água. Senti-o naquela hora e nunca mais o esqueci.»

1 comentário:

  1. Não sou uma grande fâ de Saramago.
    O pouco que li dele gostei, mas não me dá para pegar em mais livros, embora cá tenha vários.
    Este do silêncio da água já comprei. É bonito.
    Tem um bela mensagem.

    Um abraço
    Isabel

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