terça-feira, 21 de junho de 2011

Descobrir... Ana Marta Fortuna

Descobrir novos talentos. Escritores quase sem livro, com um livro, com uma obra vasta mas que não chega ao conhecimento geral ou não chega aos tops das livrarias. Uma espécie de nova rubrica no blogue à qual chamo para colaboração toda a gente. Leitores, visitantes esporádicos, amigos do Facebook e malta que por aqui escreve, aqui fica o desafio. O Rodrigo já tinha apelado a que os nossos textos de escrita pessoal viessem aqui parar para que a Raquel Serejo Martins não fosse a única.

Eu da minha parte faço um "mea culpa". A verdade é que parte da minha produção pessoal acaba por estar num outro projecto/blogue em que colaboro e como não tem sobrado nem inspiração nem textos para mais por aqui tem ficado só as leituras, as criticas e as crónicas sobre livros e a vida à volta deles. Para que o desafio não ficasse no vazio lembrei-me desta ideia que talvez possa ser muito engraçada. Trazer aqui novos e velhos talentos, esquecidos ou ainda por descobrir. Mais uma vez o repto para que os e as leitores nos mandem coisas que escrevem ou escreveram.


Para hoje e para já começo com Ana Marta Fortuna. É tendencioso porque é minha amiga, uma pessoa muito importante e que me deu o grande privilégio de fazer parte da apresentação do seu livro aquando do lançamento no Porto.

A poesia sai-lhe dos dedos de uma forma suave e leve. A cidade, qualquer uma, aquelas em que habitamos está reflectida nas suas palavras. Há amor e desamor, alegrias e tristezas espalhadas em frases curtas ou em pequenas rimas. Descontraída mas empenhada como deve ser a boa poesia. Bate-nos levemente como quem chama por nós, com o peso de uma nuvem.

Publicada na Alma Azul, vencedora da 2ª edição de "Uma boa razão para escrever um livro" em 2008 com o título "O Peso da Nuvem" é assim que podemos encontrar esta mulher-menina que mantinha também o blogue A Destreza das Dúvidas onde podemos encontrar muitas mais palavras e muitas imagens escolhidas e escritas por esta autora.

E porque as palavras dela falam melhor que qualquer coisa que se possa dizer, procurem-na numa livraria e leiam o que se segue.

"Passo todos os dias por ti,
todos os dias te imagino,
todos os dias escondo
e todos os dias vão sendo iguais
na ausência do meu abrigo."

"Vou morrer aqui
como gostava que tivesse sido a minha vida"

"Não me assusta a dor
assusta-me a ideia
de nunca sentir nada mais
para além da dor"

3 comentários:

  1. muito bom! adorei ler os textos do blogue e fiquei super curiosa para conhecer o livro :)
    bjs*

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  2. Excelente, a nova rúbrica do blog. Continuem! :D

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  3. Pedro. Obrigada pelo relembrar de memórias. Foi sem dúvida um belo presente, talvez um dos melhores.Um abraço fraterno querido amigo.
    Anabela gosto em ter-te pelo blog.
    Quanto ao livro não sei se a Lello ainda o tem, mas tenho comigo alguns.Se não conseguires encontrar dá notícias :)

    abraços,

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