Manuel António Pina vai à livraria Almedina levantar livros jurídicos para a filha. É de lá que o conheço. Apesar de também ser jurista de formação, é no jornalismo que dá cartas - com crónicas que assina no Jornal de Notícias.
Há uns tempos perguntou (a mim e à minha colega de turno Diana) para onde tinha ido a poesia... Na verdade, tínhamos mudado a secção de sítio: passou do fim da prosa estrangeira para o fim da prosa portuguesa.
Aproveitei para lhe dizer que a poesia estava um pouco 'em crise'. Isto porque é cada vez mais fácil encontrá-la na internet. Não sei se concordou. Limitou-se a rir e dizer que era escritor...
Não conhecia a sua cara! Só conversando com a Diana é que lá cheguei. E, a partir daí, a minha admiração - que a minha colega partilha. Recordo-me de uma frase que a Di descobriu:
'Uma geração assim sacrificada no altar dos inextrincáveis deuses da política e do dinheiro só será "parva" enquanto se conformar em vez de transbordar e arrasar as margens que a comprimem.'
Parece-me tão acertada!
Obviamente que fico muito contente por Manuel António Pina ter ganho o Prémio Camões 2011. Dele conheço alguns poemas avulso... Apesar de escrever essencialmente poesia, tem livros infantis, crónicas e peças de teatro. Sei que é um apaixonado por gatos: escreveu um livro exactamente com esta palavra.
Posso dizer que nestes dias vendi todas as obras do autor. Agora só para a semana...
Vou dedicar-me a conhecê-lo melhor!
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