quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ó Gente da Minha Terra - o poema de Amália Rodrigues



'É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra

Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi

E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi.'


Pouca gente sabe que o fado cantado por Mariza foi escrito por Amália Rodrigues. Sempre que ouço esta canção, sinto uma união entre as duas. De Alma e Coração.

Passem numa livraria a comprar este livro. Em 'Versos', Amália Rodrigues deixa poemas como este:

Depois Disto...Desisto

'Tantas coisas que já li
Outras tantas que vivi
Fazem de mim o que sou
Ai se eu tivesse esquecido
Tudo o que tenho vivido
E o coração decorou
Tudo é questão de memória
É o nosso pensamento
Que a vida nos vai passando
A memória faz história
Do que foi cada momento
Que nós vamos recordando
Isto da alma é segredo
Ninguém sabe desvendar
Os porquês de tudo isto
Sabemos que tarde ou cedo
Iremos a enterrar
E depois disto...desisto'

3 comentários:

  1. Bonito.
    Sou fã do fado e especialmente da Amália, desde sempre.Sabia que ela tinha escrito poemas e que alguns os cantava, mas desconhecia que estavam publicados em livro.
    É recente ou já existe há muito?

    Um abraço
    Isabel

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  2. Olá Isabel.

    Recente não é, mas também não é do século passado! É uma edição da Cotovia, ano 2005.

    Penso que se arranja facilmente nas livrarias!

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