sexta-feira, 29 de abril de 2011

Memória das minhas putas tristes, Gabriel García Márquez

'No ano dos meus noventa anos quis oferecer a mim mesmo uma noite de amor louco com uma adolescente virgem. Lembrei-me de Rosa Cabarcas, a dona de uma casa clandestina que costumava avisar os seus bons clientes quando tinha uma novidade disponível.'

'Memória das minhas putas tristes' conta a história de um jornalista que nunca conheceu o amor. Viveu sempre dos livros e crónicas que escreveu. E de bordéis. Sem nunca provar o verdadeiro sentimento.

Ler qualquer livro de Gabriel é sempre tempo bem passado. Neste romance, o que mais surpreende é a mestria com que o autor converte uma relação de 'pecado' - digamos assim - numa verdadeira explosão de sentimentos. E como, surpreendentemente, não senti repulsa pela vida errante do jornalista ou pela condição da adolescente.


O que mais emociona é a noite quando o velho se deita com ela. Ao ver a rapariga adormecida, não tem coragem de a acordar. E assim, tão tarde na vida, se apaixona pela primeira vez.

E nos apaixona com a sua história.

2 comentários:

  1. Realmente, foi daqueles livros que comecei com uma ruguinha no canto do olho, desconfiada, e que me desarmou completamente... Gostei!

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  2. Lê-se num fôlego... Nem dei pelo tempo passar!

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