domingo, 13 de março de 2011

Revista Ler, número 100


Lembrei-me, em plena pausa de almoço há uns dias, começar a escrever sobre o conteúdo desta revista literária.

Melhor ocasião só escrevendo sobre a primeira! Tinha que recuar 24 anos. Possivelmente já não a arranjo.

A revista 100 traz imensa informação, uma retrospectiva do que foi esta publicação ao longo destes anos.

Destaco, além das páginas que fizeram a revista, os nomes que por lá passaram, as imagens e os livros; a excelente entrevista a George Steiner, na qual ficamos a saber que António Lobo Antunes devia ter ganho o Nobel - na sua opinião - e que não existe (ainda) uma tradução convincente dos 'Lusíadas' de Camões para Inglês.

Gostei muito da homenagem que fazem a uma série de personalidades que escreveram a história desta revista. Editores, livreiros, autores... A melhor foto é, de longe, a de Alberto Pimenta.

Ler a entrevista de Harold Bloom é, igualmente, essencial. A reflexão que faz da importância do 'génio' na literatura é extraordinária.

Por fim, deixo uma das 100 ideias para o futuro. A opinião é de José Carlos Barros, poeta e Arquitecto-paisagista.

'Conseguimos essa coisa tão gabada e impressionante: passar, num ai, do primário ao terciário. A isso, metendo o valor acrescentado das novas tecnologias, chamámos «modernidade». Agora, não mais que de repente, as famílias vêem-se sem orçamento para o repolho. Já se explicava em Dom Quixote (mas leu-se ao contrário) que o sonhar depende de termos os pés assentes na terra. Estou em que o futuro viável, hoje, depende em grande parte de acreditarmos que é urgente construir uma horta concreta - com cebolinho, tomates, pimentos, couve-galega.'

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