quinta-feira, 3 de março de 2011

O efeito contágio

'A galinha da vizinha é melhor que a minha?'

Será que lemos motivados pelo o que o vizinho lê? E as nossas estantes? Compramos livros só para as decorar? Para não sentir vergonha quando levamos alguém lá a casa?

--- 'Este livro condiz com as minhas cortinas...', 'este fica tão bem nesta mesinha', 'vou comprar a obra do José Rodrigues dos Santos, porque toda a gente lê e pode ser motivo de conversa...', 'preciso oferecer um livro de pintura, toda a gente gosta de pintura. tem que ser caro, porque é para um médico!...' ---


Pois bem... Creio que os portugueses - em larga maioria - são matéria fácil para o marketing. Em tudo. E, como tal, nos livros também. Obviamente que, sendo um povo que lê pouco, vai ler o que 'os poucos' lêem (poucos títulos para muito público).

Hoje proponho um exercício: tentem imaginar quantos livros compram pelas vossas descobertas? Sem ser no 'ouvi dizer que aquele é muito bom'?

E digam-me se concordam!

2 comentários:

  1. Só compro um livro aconselhado por alguém que seja da minha confiança (isto é, que sei que tem um gosto que coinide com o meu). De resto, as minhas leituras são de descobertas. O ano passado fiz uma óptima descoberta: Hélia Correia, Adoecer. Agora, é ler todos os outros livros da autora.

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  2. "Este livro condiz com as minhas cortinas" Eu tinha de me rir... muito bom...

    Catarina

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