Ainda bem que pouca gente sabe onde escreves... Assim, tenho o privilégio de te lançar ao meu mundo.
"Todos temos medos. Medo disto, medo daquilo, muito medo de arriscar.
Medo de perder o pássaro na mão, de trocar o certo pelo incerto, de andar de cavalo para burro. E se não for para melhor? E se não correr bem? E se me arrepender?
Há pessoas que vivem tolhidas pelo medo. Não vivem, ponto. Sonham com os céus azuis riscados pelas suas asas esplendorosas - passam as noites no escuro a arrancar as próprias penas para que não seja possível ceder à tentação do risco.
O que é que podemos fazer para afastar o medo? Para o afugentar de vez? Não sei.
Mas sei que é possível acordar um dia e o medo que longamente se acalentou está desfeito em mil pedaços - como nuvens levadas pelo vento deixando brilhar um dia de sol que faz esquecer todos as horas cinzentas de angústia. Sei que é possível um dia chorar-se de vergonha pelo tempo que se esvaiu nos braços do medo.
Mas também sei que não há que olhar para trás. E que reconhecer o sabor do medo e saber que já o vencemos uma vez pode ser uma arma poderosa para ter no futuro.
Venha o futuro. Tatuado na pele, a cheirar a amor."
Ana Almeida
tão inspirada a minha anocas...
ResponderEliminarestá lindo, sobretudo o final. :)
bj
A Ana é a melhor escritora no actual panorama português!!
ResponderEliminarAna, lindo texto. "Tolhidas pelo medo"..sutil e tocante. Parabéns! bjs
ResponderEliminarMimam-me e eu apenas sei sorrir. E sim, Rodrigo, amoro-te mas és um exagerado. aa
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