domingo, 6 de fevereiro de 2011

Poemas de Chiang Sing

Poema da frágil eternidade

Sou uma grande lágrima
nos olhos do Tempo.
Na noite forrada de silêncios
meu corpo tropeça nas horas e
segue pelos caminhos do Nada
sem nenhum destino...


Canção da brisa que passa

Que tristeza é esta,
trepadeira?
Que pássaro morreu
entre os teus ramos?


Canção quase-poema

Como atrever-me a pensar que
o brilho do orvalho sobre as rosas
é efémero, se eu mesma, ficarei
tão pouco tempo neste mundo?


Poema de jade-cinza

É a chuva da primavera que tomba
ou são as minhas lágrimas?
Não sei. Choro porque não existe
quem não lamente as pétalas
mortas do pessegueiro...


(Chiang Sing é mestre brasileira de Arte Floral Ikebana)
(Obrigado Isa pela partilha)

3 comentários:

  1. Bonito.Muito bonito.
    Acho também a arte do Ikebana lindíssima.Alguns arranjos têm uma fragilidade aparente e uma beleza que transmitem uma grande serenidade.
    E as misturas de elementos que utilizam...
    São uma maravilha os arranjos.
    Haverá algum livro á venda, de Ciang Sing? Não conhecia.
    Bom Domingo
    Isabel

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  2. Olá Isabel,

    A minha admiração pelos arranjos Ikebana veio de uma cliente minha que já adquiriu uma série destes livros.
    Quanto a Chiang Sing, só descobri um livro dela comercializado em Portugal - Mistérios e Magias do Tibete. Não sei se é fácil ou difícil...
    Bom Domingo para si.

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  3. olá! alguém conhece uma poesia de Chiang Sing que diz mais ou menos assim: Vem entremos juntos na eternidade, subiremos o monte fuji...? Acho que vi num livro de Ikebana.

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